O obscurantismo na arte
Apagão no Masp e Gilberto Gil cantando na Alemanha, em um evento paralelo à Copa, foram as principais notícias da semana passada no clipping semanal que a ArtForum faz com notícias de todo o mundo. Não sei houve alguma intenção crítica na publicação das duas notas, uma colada na outra. A ArtForum costuma publicar só três notas, a cada vez.
Nesta semana, a revista fala de Guernica, que não sairá do Reína Sofia para uma exposição em Bilbao, rememorativa do massacre dos guernicanos (ou, sei lá, guerniquenses) pelos bombardeios de Franco. A obra andou o mundo no começo do século (esteve até em São Paulo) enquanto se cumpria o desejo de Picasso, de manter o quadro fora da Espanha enquanto durasse a ditadura do generalíssimo.
Quando voltou a democracia, o Moma quis manter o trabalho de Picasso em Nova York, com o argumento de que o pintor catalão havia condicionado a volta da Guernica à Espanha ao regresso da República _ e os espanhóis haviam reinstaurado a monarquia. Papo de advogado americano.
Guernica está lá, e, felizmente, em uma disposição diferente da anterior, num anexo do Prado, com a escultura em que meti a cabeça em 1992, quando procurava uma posição para fotografar o enorme quadro de Picasso. Os jornais espanhóis falavam em uns casos de gangrena em algum vilarejo, e a Marta se assustou quando viu minha testa sangrando.
Foi meu primeiro grande choque com a arte moderna.
a paródia de Guernica, acima, que mostra a universalidade da obra de Picasso, está neste sítio AQUI
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