Nas águas da Marlene
Aquarela é negócio perigoso. Por pouco, desanda. A Marlene Dumas deve ter tido a sorte de não topar com aqueles caderninhos de colorir, acompanhados de potes de pigmentos, na infância, quando as crianças aprendem a NÃO pintar decentemente com aquarela. A infância dela, aliás, foi na África do Sul.
Ela usa, como modelo, fotos e imagens pré-fabricadas, que personaliza em manchas e transparências imediatamente reconhecíveis como sua marca. Tem produzido imagens de forte conteúdo erótico: os críticos vêem em seus trabalhos sinais da infância branca, sensível, em um país carregado pela tinta do racismo.
Ela se define, mas não explica muito:
“I am against: general ideas / the nude / the appropriation of images / the mystification of the untitled / the glorification of artistic doubt / the fuzzy edges of sensitivity / old sins / and useless guilt.”
"Sou contra: idéias gerais/ o nu/a apropriação de imagens/a mistificação do sem-título/a glorificação da dúvida artística/os limites borrados da sensibilidade/velhos pecados/ e culpa inútil."
1 Comments:
Ou seja, ela é contra tudo aquilo que faz, é isso?
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