Sunday, June 11, 2006

Nas águas da Marlene



Aquarela é negócio perigoso. Por pouco, desanda. A Marlene Dumas deve ter tido a sorte de não topar com aqueles caderninhos de colorir, acompanhados de potes de pigmentos, na infância, quando as crianças aprendem a NÃO pintar decentemente com aquarela. A infância dela, aliás, foi na África do Sul.

Ela usa, como modelo, fotos e imagens pré-fabricadas, que personaliza em manchas e transparências imediatamente reconhecíveis como sua marca. Tem produzido imagens de forte conteúdo erótico: os críticos vêem em seus trabalhos sinais da infância branca, sensível, em um país carregado pela tinta do racismo.

Ela se define, mas não explica muito:

“I am against: general ideas / the nude / the appropriation of images / the mystification of the untitled / the glorification of artistic doubt / the fuzzy edges of sensitivity / old sins / and useless guilt.”

"Sou contra: idéias gerais/ o nu/a apropriação de imagens/a mistificação do sem-título/a glorificação da dúvida artística/os limites borrados da sensibilidade/velhos pecados/ e culpa inútil."

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Ou seja, ela é contra tudo aquilo que faz, é isso?

11:39 AM  

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